Quando o peido vem molhado
E um quentinho a gente sente,
É preciso ter cuidado,
É preciso ser valente.
Quem relaxa numa dessa,
Não faz força, não se breca
- Salvo a providência impeça -,
Sempre caga na cueca.
É preciso ser tenaz,
Resistir estoico e bravo
À urgência flatulenta.
É gostoso soltar gás,
Mas comete grande agravo
Quem a si mesmo excrementa.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
terça-feira, 27 de julho de 2010
XIX
Há quem duvide que defeito ou chaga
Qualquer a amada tenha. Que infeliz!
Petrarca, tua Laura também caga
E caga, Dante, a tua Beatriz.
Por mais que tenha aquela que te afaga
A bunda cheirosinha como anis,
No vaso são iguais a puta-paga,
a dama, a cafetina, a Sandy, a miss.
E direi mais, sim, direi mais, seu moço:
Não muito o anal calibre influi em quão
Espesso e volumoso é o tolosso.
Cus bem pequenos há que, não obstante
Do raio a estreiteza, e a dimensão,
Competem na estrumância co'o elefante.
Qualquer a amada tenha. Que infeliz!
Petrarca, tua Laura também caga
E caga, Dante, a tua Beatriz.
Por mais que tenha aquela que te afaga
A bunda cheirosinha como anis,
No vaso são iguais a puta-paga,
a dama, a cafetina, a Sandy, a miss.
E direi mais, sim, direi mais, seu moço:
Não muito o anal calibre influi em quão
Espesso e volumoso é o tolosso.
Cus bem pequenos há que, não obstante
Do raio a estreiteza, e a dimensão,
Competem na estrumância co'o elefante.
terça-feira, 29 de junho de 2010
XVIII
Corsário ebâneo, gastrorretirante;
Castanho nauta, restos do que foi;
Bolão amorfo, intestinal infante
Marrom e suntuoso como um boi!
Ó meu cocô, que intrepidez tremenda
Mostrais quando a encanação vós vades
Abaixo! Sois qual Odisseu na lenda
A velejar 'través das tempestades.
Oh! Dado fosse qu'eu, qual vós, ó fezes,
Assim fosse arrojado e resoluto
E avante fosse sempre sem fraquejo.
Ah! Não temer jamais quaisquer revezes
Que nos atire o Fado, aquele puto,
Como fazeis, ó merda, é o que desejo.
Castanho nauta, restos do que foi;
Bolão amorfo, intestinal infante
Marrom e suntuoso como um boi!
Ó meu cocô, que intrepidez tremenda
Mostrais quando a encanação vós vades
Abaixo! Sois qual Odisseu na lenda
A velejar 'través das tempestades.
Oh! Dado fosse qu'eu, qual vós, ó fezes,
Assim fosse arrojado e resoluto
E avante fosse sempre sem fraquejo.
Ah! Não temer jamais quaisquer revezes
Que nos atire o Fado, aquele puto,
Como fazeis, ó merda, é o que desejo.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
XVII
Amor da minha vida! Ó vem! Me deixa
Cagar nesta tua boca qual orvalho
Molhada; e ver o teu olhar de ameixa
Tremer enquanto meto-te o caralho!
Amor, me deixa untar teu corpo todo
Co'aquilo que engendrei no duodeno;
Ah, deixa-me o teu corpo já moreno
Mais 'inda amorenar co'esse meu lodo.
Ah, quero te foder the whole night thru'
Assim tingida com fecal pigmento,
Sem nem notar da aurora o belo advento;
Te quero ver comendo a minha bosta,
Extática, com cara de quem gosta,
E então dormir sem nem limpar meu cu.
Cagar nesta tua boca qual orvalho
Molhada; e ver o teu olhar de ameixa
Tremer enquanto meto-te o caralho!
Amor, me deixa untar teu corpo todo
Co'aquilo que engendrei no duodeno;
Ah, deixa-me o teu corpo já moreno
Mais 'inda amorenar co'esse meu lodo.
Ah, quero te foder the whole night thru'
Assim tingida com fecal pigmento,
Sem nem notar da aurora o belo advento;
Te quero ver comendo a minha bosta,
Extática, com cara de quem gosta,
E então dormir sem nem limpar meu cu.
terça-feira, 27 de abril de 2010
XVI
Quando eu bebo p'ra caralho,
Eu me torno obus fecal;
Fica assim toda em frangalhos
Minha flora intestinal.
Mas me não sai nada duro,
Nada firme ou ortomorfo.
Sai-me pelo magno-furo
Qualquer coisa que nem gorfo.
Mal dá tempo que eu me sente
E já vem, incontinenti,
Um marrom fluido e não denso.
Sempre causo grandes danos,
Pois não cago stricto sensu,
Antes mijo pelo ânus.
Eu me torno obus fecal;
Fica assim toda em frangalhos
Minha flora intestinal.
Mas me não sai nada duro,
Nada firme ou ortomorfo.
Sai-me pelo magno-furo
Qualquer coisa que nem gorfo.
Mal dá tempo que eu me sente
E já vem, incontinenti,
Um marrom fluido e não denso.
Sempre causo grandes danos,
Pois não cago stricto sensu,
Antes mijo pelo ânus.
domingo, 28 de março de 2010
XV - Καλεπα τά καλα
Tem dias em que sinto-me tão mal,
Tão ruim, tão lixo, quase tendo um treco,
Que só melhora mesmo o meu astral
Se sento na privada e lá defeco.
Mas não é qualquer tipo de cagão:
Só vale aquele que é um exercício.
Pois, como bem diria-nos Platão,
É belo, muito belo o que é difícil.
Há que gemer, suar p'ra mais de hora!
Bem mais gratificante é a cagada
Se a louça só a custo a merda borra.
Por isso aqui eu sento e me contorço
Até que tanja o fundo da privada
Algum cocô nervoso e troppo grosso.
Tão ruim, tão lixo, quase tendo um treco,
Que só melhora mesmo o meu astral
Se sento na privada e lá defeco.
Mas não é qualquer tipo de cagão:
Só vale aquele que é um exercício.
Pois, como bem diria-nos Platão,
É belo, muito belo o que é difícil.
Há que gemer, suar p'ra mais de hora!
Bem mais gratificante é a cagada
Se a louça só a custo a merda borra.
Por isso aqui eu sento e me contorço
Até que tanja o fundo da privada
Algum cocô nervoso e troppo grosso.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
XIV
Tu me dizes que eu sou feio,
troglodita e beberrão;
que meu copo vive cheio,
que eu sou duro como o chão.
Sem embargo, minha amiga,
eu bem sei o que tu sentes:
não importa o que tu digas,
tu me queres loucamente.
Quando cagas à noitinha
refletindo sobre o mundo,
eu bem sei por quem suspiras.
Sei que tu, bem lá no fundo,
Sonhas ser um dia minha
E lamber a minha lira.
troglodita e beberrão;
que meu copo vive cheio,
que eu sou duro como o chão.
Sem embargo, minha amiga,
eu bem sei o que tu sentes:
não importa o que tu digas,
tu me queres loucamente.
Quando cagas à noitinha
refletindo sobre o mundo,
eu bem sei por quem suspiras.
Sei que tu, bem lá no fundo,
Sonhas ser um dia minha
E lamber a minha lira.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
XIII
Aproveitando o clima carnavalesco, fiz este soneto a pedido do André.
Dia desses, Carnaval,
cabreiríssimo da vida,
ao desfile, na avenida,
fui e lá mostrei meu pau.
Mas com'isso 'num bastô'
para o meu desenfastio,
Agachei no meio-fio,
agachei e fiz cocô.
E pr'à troça pôr um fim,
E acabar com meu spleen,
Fiz foi um'obra de arte.
Sim, leitor, pra terminá-la,
Empossei-me do estandarte
E empalei o Mestre-Sala.
Dia desses, Carnaval,
cabreiríssimo da vida,
ao desfile, na avenida,
fui e lá mostrei meu pau.
Mas com'isso 'num bastô'
para o meu desenfastio,
Agachei no meio-fio,
agachei e fiz cocô.
E pr'à troça pôr um fim,
E acabar com meu spleen,
Fiz foi um'obra de arte.
Sim, leitor, pra terminá-la,
Empossei-me do estandarte
E empalei o Mestre-Sala.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
XII
S'um dia cair-me o cu,
Mata-me e lança-me ao mar.
Acaso hás de querer tu
Qu'eu exista sem cagar?
Amigo, se tal desdita
Um dia sobrevier-me,
Sem dó me esfaqueia a derme!
Faz'-me beber chá de fita!
Mas vê! Antes de jogares
Meu corpo inerte nos mares,
Minhas vísceras retira;
Faze buchada com elas,
Põe croutons, sal, beringelas,
E serve ao molho caipira.
Mata-me e lança-me ao mar.
Acaso hás de querer tu
Qu'eu exista sem cagar?
Amigo, se tal desdita
Um dia sobrevier-me,
Sem dó me esfaqueia a derme!
Faz'-me beber chá de fita!
Mas vê! Antes de jogares
Meu corpo inerte nos mares,
Minhas vísceras retira;
Faze buchada com elas,
Põe croutons, sal, beringelas,
E serve ao molho caipira.
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