Tu me dizes que eu sou feio,
troglodita e beberrão;
que meu copo vive cheio,
que eu sou duro como o chão.
Sem embargo, minha amiga,
eu bem sei o que tu sentes:
não importa o que tu digas,
tu me queres loucamente.
Quando cagas à noitinha
refletindo sobre o mundo,
eu bem sei por quem suspiras.
Sei que tu, bem lá no fundo,
Sonhas ser um dia minha
E lamber a minha lira.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
XIII
Aproveitando o clima carnavalesco, fiz este soneto a pedido do André.
Dia desses, Carnaval,
cabreiríssimo da vida,
ao desfile, na avenida,
fui e lá mostrei meu pau.
Mas com'isso 'num bastô'
para o meu desenfastio,
Agachei no meio-fio,
agachei e fiz cocô.
E pr'à troça pôr um fim,
E acabar com meu spleen,
Fiz foi um'obra de arte.
Sim, leitor, pra terminá-la,
Empossei-me do estandarte
E empalei o Mestre-Sala.
Dia desses, Carnaval,
cabreiríssimo da vida,
ao desfile, na avenida,
fui e lá mostrei meu pau.
Mas com'isso 'num bastô'
para o meu desenfastio,
Agachei no meio-fio,
agachei e fiz cocô.
E pr'à troça pôr um fim,
E acabar com meu spleen,
Fiz foi um'obra de arte.
Sim, leitor, pra terminá-la,
Empossei-me do estandarte
E empalei o Mestre-Sala.
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