terça-feira, 30 de dezembro de 2014

XXXIII

Eu sinto que comi demais da conta.
Em breve, tal qual Júpiter troante,
Sonora, violenta e retumbante,
Virá a peidorreira de alta monta.

Amigos... ei-la aqui, que já desponta,
Das tripas vai seguindo sempre adiante,
Seguindo inexorável, incessante,
Para onde a anal bazuca minha aponta.

Oh não! Terribilíssima desdita!
Caguei-me inteiro! E não cessou o jorro
Fecal, que toma tudo e tudo inunda!

Correi pra longe, ó vós - coisa inaudita! -
Senão perecereis sem ter socorro
Sob esse rio que sai da minha bunda.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

XXXII - Manifesto Coprofágico



Ó vinde, coleguinhas, comer bosta!
A bosta é saborosa e nutritiva.
Além do mais, comer cocô ativa
As articulações; e é bom pras costas.

A vós, amigos meus, a mesa posta.
Cardápio: minhas fezes com olivas.
Comei, brindai ao meu tolosso: 'Viva!'
Jamais aceito "não" como resposta.

Assim que do acepipe delicado,
Amigos meus, tiverdes-vos fartado,
Não levanteis: é hora do pospasto!

Cocô comido, cago-o outra vez,
Pra recomê-lo à calda de xerez
Num círculo infinito, belo, vasto.

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