sexta-feira, 8 de julho de 2011

XXV

Hoje estava revirando minhas gavetas e encontrei uns poemas que eu escrevia com 15, 16 anos. Entre eles, esta jóia rara de que eu me havia completamente esquecido e que não sei por que nunca figurou entre os meus sonetos de merda. Digo isto porque este foi primeiríssimo a ser escrito, antes mesmo de eu pensar em fazer um livro de sonetos de merda. Trata-se do "Soneto do banheiro masculino", feito durante uma aula entediante de Física no meu segundo ano de colegial (em 2007, portanto) e imediatamente escrito na parede da segunda cabine do banheiro masculino do edifício Maffei da ETESP (vou passar lá qualquer dia pra ver se ele ainda existe).


No banheiro masculino
Há, na parede, palavras
Sobre queimação de sino
E outras putarias bravas.

Esses textos sodomitas
Que se veem por toda a parte
São do banheiro a desdita,
Da sujeira, baluarte.

Ante a sordidez verbal
Que cobre o banheiro todo
- termos feios como "pau",

"caralho", "buceta", "fodo"... -
fiz estes versos sapecas:
Lê-os enquanto defecas.

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