segunda-feira, 11 de maio de 2009

VIII

Eu ia andando todo gaio e ledo,
Compondo algum poema aqui na mente;
Cortei caminho sob um arvoredo
Que me guardava um belo de um presente:

Tinha um cocô no meio do caminho,
No meio do caminho um coco tinha.
(E não, leitor, não era uma bostinha,
Era maior que o de um leão marinho!)

Fiquei c'o tênis todo esmerdolado.
"Caralho, musa, vai tomar no cu!",
Bradei, "te canto em todo canto e tu

Me aprontas uma destas? Mas que merda!"
E os versos que fazia, pus de lado,
Que é isso que quem canta a Bosta herda.



Dedico este ao André, que me deu a idéia da alusão ao Drummond e a rima magistral de merda/herda, way better que a merda/Thiago Lacerda em que eu tinha pensado.

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